segunda-feira, 16 de maio de 2011

Russo desenvolve cyborg para hospedar a alma

"A Igreja Ortodoxa Russa criticou o projeto “Rússia 2045” de cientistas daquele país que prevê a criação de um corpo cibernético para abrigar a alma de pessoas que estiverem para morrer." (Clique aqui para ler o artigo na íntegra)


Pelo que li no artigo, vejo que o motivo dessa iniciativa é o desejo de vencer as imperfeições do corpo humano, a velhice e, por consequência, a morte. Porém, antes de qualquer coisa, é necessário destruir o paradigma da imperfeição do corpo humano. Em poucas palavras, de fato o corpo humano é imperfeito. Mas nem sempre foi assim.

No princípio, Deus criou o ser humano perfeito. Seu corpo era cheio de saúde, forte em todos os aspectos e, enquanto estivesse em harmonia com as leis divinas e conectado com seu Autor, poderia gozar da vida eterna (Ler Gn 1 e 2:1-4). O problema foi esse: que, quando Adão e Eva pecaram, desobedeceram a seu Criador e consequentemente desconectaram-se dEle. Com isso, tornaram-se indignos de permanecer no Jardim do Éden e ter acesso à árvore da vida, em cujo fruto, Deus havia provido ao ser humano o meio para se viver eternamente (Gn 3:22-24).

Com o passar dos anos, contaminados pelo pecado e sem ter acesso ao fruto da aludida árvore, os corpos de Adão e Eva foram se degenerando lentamente. E essa característica foi passada aos seus descendentes (Rm 5:12). Por isso, encontramos no relato bíblico o registro de pessoas que viveram várias centenas de anos (Gn 5). E, se analisarmos a Bíblia cronologicamente, vamos perceber que essa longevidade foi diminuindo com o passar das gerações, principalmente, depois do dilúvio.

Antes desse evento cataclísmico de proporções globais, a Terra já havia sofrido algumas alterações desfavoráveis à manutenção da vida, pois também foi contaminada pelo pecado (Gn 3:17-19), mas ainda preservava muito de sua perfeição original. Contudo, depois do dilúvio, a Terra passou por alterações climáticas extremas e, por isso, houve a extinção de muitas espécies animais (incluindo os dinossauros) e vegetais. A Terra se tornou ainda mais hostil para o ser humano, o que diminuiu ainda mais sua longevidade. Por isso, hoje, vivemos algumas poucas décadas, sofremos de muitas doenças e morremos.

Daí, nos dias atuais, chega o homem, cético, orgulhoso, diz que Deus não existe, que o ser humano está evoluindo, mas que seu corpo é imperfeito e que vai solucionar o caso através de um corpo cibernético. Aparentemente lindo! Primeiro vão ter que superar a engenharia que Deus aplicou no corpo do homem. A ciência ainda não conseguiu sequer construir algo que se assemelhe ao olho humano! Quanto mais simular num cyborg as emoções, os sentidos, a reprodução, a reconstituição dos tecidos, a criatividade, etc., senão, onde estaria a graça em ser cyborg e viver eternamente? Não passaríamos de um monte de informação presa num "corpo" frio, sem graça.

Corpo humano não implica somente em informação, como num pen-drive, mas implica, antes disso, em ação e interação dessas informações.

Prefiro confiar na revelação sobre Deus e Sua suprema inteligência que encontramos na natureza (Sl 19:1; Rm 1:20), na Sua Palavra e no Seu Filho, que nos garantem a promessa de uma vida eterna. E não somente isso, mas vida perene e cheia de paz (Jo 14:27). Para isso, preciso apenas me adequar às Suas leis, que não são pesadas, são para o meu próprio bem e para o bom relacionamento entre meu semelhante e eu. Vendo o mundo em que vivemos hoje, no qual, mesmo com a multiplicação do conhecimento, da ciência e da tecnologia, permanece tomado de violência, falta de respeito, intolerância e insegurança (2 Tm 3:1-5), percebo que o problema da humanidade é unicamente MORAL (Rm 1:20). Por isso, prefiro me adequar às leis morais de Deus e gozar uma vida eterna de paz, do que ser um cyborg (se é que isso é possível...) frio e viver uma vida eterna num mundo arrogante e cheio de maldade. [Cláudio]
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