terça-feira, 10 de julho de 2018

"A culpa é minha e eu boto em quem quiser!" (Homer Simpson)



Você Não É Perfeito, Me Deixe Errar em Paz

Quero fazer aqui uma reflexão sobre um hábito que tem impedido muitas pessoas de crescer mais do que realmente crescem. Me refiro ao crescimento pessoal, não o material, mas registre-se o fato de que o baixo crescimento pessoal contribui para menos chances de crescimento material. Estou falando do hábito de culpar qualquer coisa ou pessoa pelos próprios erros, menos a si mesmo.

Não vou abordar o assunto com muitas palavras minhas, mas deixarei que outras fontes falem mais. Isso, porque, apesar de o comportamento e psiquê humanos serem um tema que despertam um interesse extraordinário em mim, não sou especialista no assunto, mas também não acho que entenda pouco, sou estudioso, e, no afã de comprovar algumas coisas que já faziam parte de meu discurso em aconselhamentos que dei e ainda dou, fui atrás de comprovar se estes conceitos que carrego, que são impopulares e desgostosos para muitos, realmente fazem sentido ou se só pertenciam a um mundo de ideias loucas e insensíveis.

Em minha experiência, vejo que pessoas, ao serem corrigidas, usam comumente estas duas desculpas: que ninguém pode julgá-las ou que ninguém é perfeito. “Não me julgue!”, “Só sabe olhar os meus erros, como se você fosse perfeito”. As duas frases, na verdade, são a tentativa de dizer a mesma coisa: que uma pessoa é incompetente para julgar a outra. Só uma tentativa. Focando no mundo cristão, é uma tentativa consciente ou inconsciente de desvirtuar os ensinamentos bíblicos que falam sobre o julgamento que não é reto, ou seja, que não é pelos parâmetros bíblicos. Iremos ver que um julgamento reto pode ser feito, principalmente se aquilo que estamos julgando (analisando, criticando, não sentenciando) não é motivo de falha na vida pessoal de quem julga e, mesmo que haja falha, se for uma falha abandonada, não é impedimento para julgar.

Dizer que não se pode julgar só por não ser perfeito, por todos serem pecadores, dá margem para dizermos, como exemplo, que uma pessoa que nunca teve vícios, mas resistiu a todas as tentações, não pode aconselhar um viciado, porque o primeiro tem o defeito de não obedecer às leis de trânsito. É uma falha? Sim. Isto o torna imperfeito? Sim. Mas isto o incapacita de aconselhar ou corrigir na questão do vício? Não! Este é o problema de quem diz “não me julgue” ou “você não é perfeito”: generalizam onde lhes convém e especializam onde lhes convém, mas no fundo sabem que existem incontáveis defeitos, e que, muitas vezes, um não tem a ver com o outro e, por isso, não impediriam o julgamento. Se assim não fosse, ninguém poderia julgar e seriam extintos os pais (não é o que está acontecendo?), os juízes, os agentes de trânsito, os conselheiros matrimoniais, juntamente com toda e qualquer possibilidade de análise e viveríamos uma anarquia total (não parece que estamos chegando lá?), porque todos têm defeitos e ninguém é perfeito.

Deixo-vos agora com a opinião de pessoas que entendem mais do que eu. São apenas alguns trechos, mas recomendo e faço o desafio à leitura completa das fontes citadas ao final.

Não julgueis! Será mesmo?
“Deixar de exercer juízo sobre as pessoas e seus comportamentos em sociedade é escancarar as portas para que em pouquíssimo tempo coisas que hoje, ainda, são absolutos inquestionáveis tornem-se questionáveis, combatidos e vencidos. [...]

“Se o ser humano excluiu Deus de sua agenda e trabalha numa velocidade cada vez maior para extinguir todos os valores judaico-cristãos extraídos da Escritura Sagrada que ajudaram a construir toda a moral e ética do ocidente, o que vai nos restar? Qual balança iremos usar? A qual absoluto iremos recorrer? Gente, se cada um tem a sua verdade, pensa o que quer, faz o que quer, se não existe absoluto moral algum porque ninguém pode julgar ninguém em nome do amor, quem poderá falar com propriedade sobre o que é certo ou errado? […]

“O julgamento cristão nunca deve ser desprovido de compaixão e amor por aquele que está sendo julgado. O próprio Deus “corrige a quem ele ama e castiga a quem ele aceita como filho” (Hb 12.6-7). Dizer que Jesus condena todo e qualquer julgamento é infantilidade mimada de quem busca um espaço inexistente nos ensinos bíblicos para avalizar suas práticas erradas. O próprio Cristo combate a postura infantil dos judeus de sua época e ordena: “julguem segundo a reta justiça”, leiam João 7 e tirem suas próprias conclusões. O mesmo Jesus que diz “não julgueis”, agora diz “julgai segundo a reta justiça”? Está Cristo se contradizendo ou somos nós que não estamos o entendendo? […]

“Com esse discurso politicamente correto de “não julgueis” estamos barateando o sacrifício de Jesus [...]. As vezes tenho a impressão que em certas ocasiões a expressão “não julgueis” significa muito mais um “deixe-me pecar em paz” do que qualquer outra coisa. Sinceramente, esse pensamento me assusta. [...] Por mais formoso que possa parecer aos nossos olhos, o pecado é mau e nos afasta de Deus. Parece que estamos tentando arrumar uma desculpa para trilhar exatamente o caminho oposto. O ser humano é pecador e vai cair, sim! Vai pecar, sim! E justamente nesta hora temos de ser ainda mais amorosos e gentis com aquele que cai, estendo-lhe mãos de socorro, perdão e CORREÇÃO [grifo meu]. No entanto, não é porque temos de ser amorosos, que faremos vistas grossas e seremos condescendentes com o erro. Se você quer saber o quanto o pecado é detestável para Deus, olhe para a cruz, veja o que Ele fez a Cristo, seu Único Filho, padecer por causa do seu e do meu pecado! […]

“Muitos pregam o maravilhoso evangelho do “eu também não a condeno” de João 8.11, mas, se esquecem de pregar o não menos maravilhoso evangelho do “agora vá e abandone sua vida de pecado” do mesmo João 8.11. É preciso entender que esta segunda afirmação também é carregada de amor, bondade e cuidado de Deus. Cristo só pôde dizer àquela mulher “eu também não a condeno” porque sabia que muito em breve ele padeceria horrores numa cruz em pagamento dos pecados dela, alguém teria de pagar aquela conta. […]

“Correção é dádiva! Seguir a Cristo implica em constante luta contra nossa natureza pecaminosa. Foi sempre assim, o apóstolo Paulo já dizia aos coríntios: “esmurro o meu corpo e faço dele meu escravo, para que depois de ter pregado aos outros, eu mesmo não venha a ser reprovado”. Vejo muita gente falando por aí que Deus é amor, mas quase ninguém dizendo com a mesma ênfase que Ele também é santo [...] se fôssemos examinar ao longo de toda Escritura, o único atributo de Deus que é repetido três vezes é o atributo de sua santidade. Em nenhum lugar vemos Deus sendo chamado de justo, justo, justo, ou, amor, amor, amor. Servimos a um Deus que é Santo, Santo, Santo e seu amor não existe e nunca existiu em detrimento de sua santidade. Portanto, por mais dolorido que seja, que nos alegremos nos momentos em que formos julgados “segundo a reta justiça”, este será sempre um grande sinal de que Deus nos ama e quer o melhor para nós. […]

“Que não transformemos o evangelho do Cristo Bendito em uma ideologia barata, ou numa espiritualidade a la carte onde cada um se serve daquilo que bem entende e julga ser correto e mais confortável para si.

“Aliás, já perceberam que todos nós julgamos todo mundo e todas as coisas o tempo todo, e exigir que alguém pare de julgar é uma contradição lógica e ao mesmo tempo uma hipocrisia? Que tenhamos maior profundidade, coragem e maturidade em encarar as questões sérias que compõem a nossa realidade, sempre em amor, para glória de Deus e zelosos pelo próximo. As vezes é bem difícil, mas nunca foi tão necessário.”
Postagem original: Não julgueis! Será mesmo? - http://minhavidacrista.com/edificacao/nao-julgueis-sera-mesmo/ - acessado em 10/07/2018


Colocar a culpa nos outros: como a psicologia explica a dificuldade em assumir os erros no trabalho

“O ser humano tende a sempre tentar colocar a culpa em outras pessoas ou fatores externos para justificar seus comportamentos, posturas ou resultados [insatisfatórios] [...]. É muito comum se esconder atrás dos muros criados pela própria mente para se defender das frustrações, mesmo que isso aconteça de maneira inconsciente: por mais que o indivíduo saiba que cometeu um erro, sua mente ativa mecanismos defensores que tentam encontrar maneiras de fazer com que ele escape da culpa.

“A dificuldade para assumir os próprios erros existe porque encontrar culpados se tornou um hábito do ser humano: se está sofrendo é porque alguém está causando este sofrimento [...] e assim por diante.

“Ao assumir a própria responsabilidade pelos erros, por outro lado, é possível superar os acontecimentos e evitar que os mesmos problemas voltem a acontecer no futuro. Perceber que você permitiu que determinado fator negativo acontecesse em sua vida e que você é o único responsável por essas experiências é sinal de maturidade emocional.

“Seja nos relacionamentos interpessoais ou na vida profissional, fugir de seus erros e das consequências que eles trazem, assim como negá-los ou ignorá-los, faz com que você se afaste de diversas oportunidades de crescer. Isso faz com que você fique repetindo os mesmos padrões ao longo da vida, cometendo sempre os mesmos erros e lidando com as mesmas consequências.”

A publicação continua, sugerindo alguns passos a serem executados pela pessoa que deseja aprender a assumir os próprios erros, sem se martirizar com a culpa, mas, no entanto, sem se utilizar de meios espúrios para amenizá-la, como exemplo, projetando-a em outros. Cada passo é abordado de forma mais detalhada, mas aqui só farei uma recapitulação:

  • Reflita
  • Saia do modo automático
  • Saia do papel de vítima (vitimismo)
  • Perdoe-se (lembrando que perdoar-se, antes de obter alívio para a culpa, significa assumi-la, pois perdão é para quem errou, de outra forma, não seria perdão)

Postagem original: Colocar a culpa nos outros: como a psicologia explica a dificuldade em assumir os erros no trabalho - http://www.sbie.com.br/blog/colocar-culpa-nos-outros-como-psicologia-explica-dificuldade-em-assumir-os-erros-no-trabalho/ - acessado em 10/07/2018


Saiba por que é mais fácil culpar o outro…

“‘A culpa é minha e eu boto em quem quiser!’. A frase é do personagem Homer Simpson, mas tem um fundo de verdade. Vira-e-mexe colocamos a culpa nos outros; aliás, isso é quase um vício que dá certo alívio. Mas por que se faz isso? Para mostrar o quanto cada um é ‘perfeito’? Ou por que é mais fácil ficar eternamente agarrado à ‘Terra do Nunca’?

“‘A tendência do ser humano é não querer ver os seus defeitos, nem admitir os seus problemas. De uma forma projetiva jogamos nossos erros para o outro e evitamos olhar para nós mesmos. Quando a pessoa se sente culpada, se acha fraca e, quando faz o movimento de culpar o próximo, sente-se mais forte, mas na realidade está se defendendo’, diz a psicóloga Esmeralda Sarracini.

“Esse processo é uma tendência infantilizada. Vemos muito isso nas crianças. Elas quase nunca admitem os seus erros.”

A publicação segue orientando que é o amadurecimento que nos faz mudar esta postura, que é nos responsabilizando pelos nossos erros que podemos ter um indicativo de maturidade. Cita também depoimentos de pessoas que passam ou superaram este problema.

Postagem original: Saiba por que é mais fácil culpar o outro… - https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2011/02/11/saiba-por-que-e-mais-facil-culpar-o-outro.htm – acessado em 10/07/2018

Percebo que pessoas que não se responsabilizam pelos seus erros são aquelas mais “boazinhas” também e, por isso, não cobram aos outros dentro de suas responsabilidades, salvo uma única exceção: quando esta falta de responsabilização alheia irá responsabilizar ela mesma. Aí o bicho pega. Quando não, para os “bonzinhos”, é preferível manter os sorrisos, a boa fama, as relações “saudáveis” (na aparência) do que responsabilizar e perder o prestígio que, na verdade, nunca houve naquele nível observado.

Saber responsabilizar-se, portanto, é um sinal de maturidade e garantia de saúde para si mesmo e para relações de verdadeira amizade e respeito, no trabalho, com amigos, familiares e no amor.

Espero que, ao invés da voz do ego, tenhamos deixado a voz do Espírito de Deus nos alcançar, pois aqui o julgamento foi reto, isto é, dentro dos parâmetro bíblicos. Deus seja louvado.

Cláudio César M. dos Santos Jr.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Comentando A Falsa Piedade em Alguns Temas Cotidianos

Há quem compare o aborto (que é feito por uma mulher) com o abandono paternal (que pode ser feito por homem ou mulher) e há quem diga que não se pode comparar uma coisa com a outra. Irei me deter neste segundo grupo.


Dizem que o abandono de um pai (não mencionam propositalmente a mãe, que também faz isso) é causador de males piores que o aborto, pois, segundo eles, uma criança que nasceu e é abandonada sofre vários traumas emocionais; dizem que o abandono se trata da vida de uma criança, enquanto o aborto trata da vida de uma mulher; dizem que, por estes motivos, o abandono é pior que o aborto.


Eu discordo. O aborto não trata da vida de uma mulher sozinha, mas de ambos: mulher e criança, criança esta que será privada das felicidades e tristezas, as mesmas tristezas da referida criança que sofre abandono. Dizem que uma das dimensões da existência é o sentir e que vida sem emoções não é vida. E dizem mais: que sofrer também é viver e que quem nunca sofreu é porque nunca amou. Ué? Isso só é bonitinho nas poesias, nas conversas de mesa de bar e nos contos de fadas? Não é bonito para a criança ainda no ventre? Ela não tem o direito de sentir, de sofrer (ou superar), de amar? Muitas pessoas querem ter o direito de sentir, sejam alegrias ou sofrimentos, é um direito que cabe a cada um. Por essa lógica, onde está o direito da criança que é arrancada do ventre prematuramente pelo assassínio?


Dizer que o abandono é pior que o aborto é, no mínimo, hipócrita, para não dizer leviano, pois a um é dado o direito de sentir, mesmo que seja a dor, mas com ela vem muitas possibilidades, inclusive a de superação, mas, à outra, todos os direitos lhe são tirados, de sofrer, de superar, de se alegrar, se realizar, TUDO.


Não me venham com discursos bonitinhos que tentam apenas amenizar egoisticamente o aborto. O aborto é assassinato, é privação total, é tirania, é monstruosidade. E quem prefere isto é egocêntrico, ou seja, pensa que tudo o que mais importa é sua própria felicidade, seus sentimentos, seus anseios, sua dor e o resto que se exploda.


Pessoas assim são as mesmas que viverão priorizando o seu próprio bem estar na vida e colocarão o coletivo sempre em segundo plano.


Para pessoas assim, é difícil entender, porque certos políticos precisam continuar presos, porque, PARA ELAS, fizeram políticas boas, não importando os atos ilícitos (percebem o egoísmo?); para pessoas assim, é difícil entender porque muita gente torceu contra a seleção brasileira de futebol, porque, PARA ELAS, esporte não tem nada a ver com política, que ganhando ou perdendo, não vai mudar a história do país, e assim conseguem ter sua diversão garantida e "justificada" (olha o egoísmo de novo), mas não percebem que alguns torcem contra, porque desejam que alienados percam seu pão e circo para perceberem que o povo tem nada, se não for assim, permanecem iludidos e não vão para a rua (veja o pensamento coletivo de quem torceu contra e o individual de quem torceu à favor); pessoas assim, não conseguem entender porque foram criticadas durante a greve dos caminhoneiros por permanecerem abastecendo seus carrinhos, enquanto caminhoneiros passavam severas restrições, lutando pelo país inteiro, porque, PARA ELAS, o que mais importava era não ser atingido, não ter que andar de ônibus por um tempo, não ficar com a despensa desabastecida, ou seja, PARA ELAS, a luta tinha que ser só dos caminhoneiros, mas os benefícios, de todos (veja o egoísmo de novo).


São essas "coisinhas" que nos mostram quem as pessoas são. Estas conexões entre um tema e outro têm lógica, quando analisadas com interesse, e nos mostram quem as pessoas são.


Foi um textão, sim, sobre aborto, política, egoísmo, visando refletir a essência das pessoas. Pequenos atos revelam a grandeza ou abismo de um caráter.


É triste ver a sofisticação que foi alcançada hoje na capacidade de se justificar comportamentos reprováveis, meramente para se defender o interesse próprio, é isto tudo está profetizado na Bíblia.


"Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses também."


2 Timóteo 3:1‭-‬5


https://bible.com/bible/129/2ti.3.1-5.NVI


"pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus."


João 12:43 NVI

sábado, 2 de junho de 2018

Batalha nas Redes: Dízimo, Ignorância e Falsa Piedade

Há alguns dias, uma página nas redes sociais autointitulada "Em Defesa do Evangelho" postou a imagem abaixo.


O comentário que fiz ao autor da postagem, reproduzo a seguir:

"Faltou você usar o resto da Bíblia para mencionar que a prerrogativa da administração do dízimo era da "Casa do Tesouro", ou seja, do órgão interno dentro da Igreja competente para a administração das finanças. Chame do que quiser: Departamento de Finanças, Tesouraria, etc..

Não cabe ao dizimista a administração dos dízimos, cabe obedecer à ordem do Senhor e entregar a quem de direito: 'Trazei todos os dízimos à Casa do Tesouro' (Malaquias 3:10). Se esse alguém não dá o destino correto, cabe a Deus julgar, prerrogativa exclusiva dEle, não sua, nem minha.

Faltou você falar toda a verdade. "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". Libertará de muitas coisas, inclusive da ignorância, da mentira, de sofismas."

E aqui eu acrescento que ajudar as viúvas e órfãos, assim como qualquer necessitado, continua sendo uma obrigação individual de cada cristão, porém não do dízimo, cuja utilidade é exclusiva para o sustento da pregação do evangelho e de seus ministros. A ajuda humanitária deve vir de ofertas voluntárias (dízimo não é oferta, é devolução), como amor ao próximo, em resposta ao amor gratuito que recebemos de Deus. "De graça recebestes, de graça dai".

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Os verdadeiros Autores da Divisão Religiosa


Quem fez a imagem e postou nas redes talvez até estivesse bem intencionado, mas estava equivocado.

Os verdadeiros "autores" da divisão são:

(1) Satanás;

(2) a falta de conhecimento das Escrituras, "Errais, não conhecendo as Escrituras", "Meu povo perece por falta de conhecimento"; e

(3) o orgulho humano, que é herança do orgulho de Satanás, sentimento pelo qual o homem se deixa dominar para defender heresias, visões equivocadas que se baseiam em emoções, em impressões, em sonhos, eventos sobrenaturais, em tudo, menos na Palavra de Deus.

A religião não divide, a religião une. Religião, do grego, significa "religar", religar com Deus. A Igreja foi instituída por Cristo e Ele não pode errar, pois é a Sabedoria em pessoa.

Infelizmente, Satanás joga a isca e o homem pega. Esta é a raiz do problema.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Batalha nas Redes: Templo Edificado por Homens


Em certo grupo de discussão fechado do Facebook, do qual participo, alguém postou esta imagem, questionando a validade da adoração cristã dentro de um templo físico, ou seja, disse que igreja física não é igreja (errado), que o que importa é onde as pessoas estão reunidas (certo). Veja o que respondi abaixo:

O mesmo irmão que tem discordando aqui sobre o dízimo, postou esta imagem, questionando também o conceito de templo, se Deus aceita ou não nossas reuniões ali. Compartilho aqui de forma mais aberta a resposta que dei, para que seja acessível e clara para todos.

Prezado irmão, primeiramente, quero lhe dizer que está lhe faltando confiar mais na Palavra do Senhor, pois ela não se contradiz. Todavia, você a está usando parcialmente, considerando algumas passagens, mas desconsiderando outras.

A Palavra de Deus não é para ser utilizada como um cardápio, no qual você escolhe aquilo de que quer se servir e despreza o resto. A Palavra do Senhor é para ser "comida" por inteiro, sem deixar passar "um til ou um i, até que tudo se cumpra", pois "passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar".

Isto é um princípio: a Palavra não se contradiz, ela pode possuir aparentes contradições que, na verdade, são resultado de nossa fata de estudo. Por isso, o Mestre nos disse "Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus" e "Meu povo perece por falta de entendimento".

Tendo dito isto, quero que se lembre do que eu lhe disse em outra oportunidade, sobre a igreja de hoje ser o templo de antes. Vou lhe mostrar algumas passagens que confirmam que Deus "de certa forma" (não de forma literal), habita, sim, no templo que construímos, tanto que ele o chama de "Minha Casa". Veja abaixo.

Assim como na terra, haverá (na verdade, já existe) um santuário (templo) no céu:

"Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada." (Apocalipse 11:19 ARA

https://bible.com/bible/1608/rev.11.19.ARA)

Aqui, o Senhor nos diz que Ele não pode habitar LITERALMENTE em edificação feita por mãos humanas, pois Ele não caberia, nem o céu inteiro O consegue conter:

"Assim diz o Senhor : O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso?" (Isaías 66:1 ARA

https://bible.com/bible/1608/isa.66.1.ARA)

O Senhor promete a Salomão, em honra a Davi, seu pai, que o ajudaria e habitaria no meio deles, através do templo que Salomão estava construindo naquele exato momento, contanto que o rei guardasse os mandamentos:

"Quanto a esta casa que tu edificas, se andares nos meus estatutos, e executares os meus juízos, e guardares todos os meus mandamentos, andando neles, cumprirei para contigo a minha palavra, a qual falei a Davi, teu pai. E habitarei no meio dos filhos de Israel e não desampararei o meu povo." (1Reis 6:12‭-‬13 ARA

https://bible.com/bible/1608/1ki.6.12-13.ARA)

Ao concluir a construção do templo, Salomão fez uma grande cerimônia e fez subir para dentro do templo o maior símbolo da presença de Deus no meio deles, a arca da aliança, a qual continha o cajado de Arão, que floresceu, símbolo da liderança de Deus, o Maná, símbolo da providência divina, e as tábuas dos dez mandamentos, símbolo da autoridade do Senhor. Feito isto, Deus "manifestou Sua presença" através de uma nuvem de fumaça. Veja, Ele Se manifestou, não entrou literalmente no templo, porque isso não seria possível:

"Congregou Salomão os anciãos de Israel, todos os cabeças das tribos, os príncipes das famílias dos israelitas, diante de si em Jerusalém, para fazerem subir a arca da Aliança do Senhor da Cidade de Davi, que é Sião, para o templo. Puseram os sacerdotes a arca da Aliança do Senhor no seu lugar, no santuário mais interior do templo, no Santo dos Santos, debaixo das asas dos querubins. Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do Senhor , de tal sorte que os sacerdotes não puderam permanecer ali, para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor." (1Reis 8:1‭, ‬6‭-‬6‭, ‬10‭-‬11 ARA

https://bible.com/bible/1608/1ki.8.1-11.ARA)

Lembra do princípio de harmonização dos textos bíblicos de que lhe falei acima? Pois é, a própria Palavra se explica e não precisa de nenhum homem para fazê-lo, pois, como diz o ditado, "para um bom entendedor, meia palavra basta". Deus não habitaria no templo literalmente, mas "se faria presente ali", estando atento ininterruptamente a tudo o que fosse feito naquele lugar, principalmente, as orações. Ou seja, é como se Deus estivesse de fato presente, pois, apesar, de não estar, os efeitos seriam os mesmos de como estivesse:

"Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei. Atenta, pois, para a oração de teu servo e para a sua súplica, ó Senhor , meu Deus, para ouvires o clamor e a oração que faz, hoje, o teu servo diante de ti. Para que os teus olhos estejam abertos noite e dia sobre esta casa, sobre este lugar, do qual disseste: O meu nome estará ali; para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar. Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem neste lugar; ouve no céu, lugar da tua habitação; ouve e perdoa." (1Reis 8:27‭-‬30 ARA

https://bible.com/bible/1608/1ki.8.27-30.ARA)

O Senhor confirma a Salomão que Se faria presente, atendendo às súplicas dele e do povo continuamente:

"Sucedeu, pois, que, tendo acabado Salomão de edificar a Casa do Senhor , e a casa do rei, e tudo o que tinha desejado e designara fazer, o Senhor tornou a aparecer-lhe, como lhe tinha aparecido em Gibeão,  e o Senhor lhe disse: Ouvi a tua oração e a tua súplica que fizeste perante mim; santifiquei a casa que edificaste, a fim de pôr ali o meu nome para sempre; os meus olhos e o meu coração estarão ali todos os dias." (1Reis 9:1‭-‬3 ARA

https://bible.com/bible/1608/1ki.9.1-3.ARA)

Por isso, querido irmão, está claro que o problema está em não aceitar que a Palavra é um todo, que ela não se contradiz e que precisamos harmonizar seus textos, a fim de que nós mesmos não façamos confusão, tirando conclusões precipitadas, afetando até a compreensão de outras doutrinas, acabando por conduzir nosso próximo ao erro e nos tornando condenáveis perante o Senhor.

Deus realmente não habita em templos feitos por mãos humanas, pois Ele próprio já fez um templo para Si, que somos nós mesmos, Seus filhos. Todavia, Ele sempre foi e é profundamente interessado em ser alvo do nosso amor, da nossa adoração e, justamente por isso, não desprezou a intenção humana de construir um templo físico. Ele valorizou isso, não desprezou. Na verdade, passou a chamar este lugar de "Minha Casa" ou "Casa de Oração", transformando-o em objeto de Seu profundo amor e atenção e ai daqueles que atentam contra isso.

O templo possui uma função, assim como uma fogueira: nos manter aquecidos e esclarecidos, para não enveredarmos em caminhos obscuros.

Que Deus nos abençoe.

Batalha nas Redes: Dízimo


Alguém postou esta imagem em grupo de discussão fechado do Facebook, do qual sou membro, criticando o dízimo de forma leviana. Eis a resposta que eu dei:

Os cristãos não nasceram para pregar velhas coisas, que não precisam ser discutidas, como o dízimo. A missão dos discípulos era pregar o evangelho, que significa literalmente "boas novas", ou seja, nascemos para pregar novidades como, por exemplo, a ressurreição, o batismo, a vinda de Cristo, a cessação dos sacrifícios de cordeiros, pois o Cordeiro de Deus já havia morrido na cruz, dentre outras.

Dízimo não era novidade. Ninguém tinha problema com o dízimo, até porque os apóstolos eram judeus, assim como Jesus, e tinham bom entendimento sobre o assunto. Por isso, você não vê os doze apóstolos pregando sobre dízimo (alguém me corrija, se eu estiver equivocado), porque eles se concentraram em pregar o evangelho para outros judeus, que já eram acostumados com a devolução (não é oferta) do dízimo.

O único que se preocupou com o assunto foi Paulo, conforme podemos ver em suas cartas, pois ele se concentrou em pregar para gentios, que não conheciam sobre o assunto e também não conheciam muitas coisas, tudo era novidade para eles, incluindo coisas simples, como monogamia e heterossexualidade.

Hoje, meu irmão, se o dízimo é um assunto muito comentado, é porque foi esquecido e hoje se tornou desconhecido ou novidade para muita gente (se virou novidade, virou evangelho, isto é, boa nova e deve ser pregado) e, se não é desconhecido, está distorcido, sendo confundido com oferta liberal, na qual não há um valor fixo.

Dízimo tem valor fixo estabelecido e é chamado de "décima parte", que é o mesmo que dez por cento. Hoje, precisamos estar ensinando estas coisas básicas, que foram perdidas, assim como a observância correta do quarto mandamento, justamente porque foi predito pelos profetas que Satanás faria muitos sinais e prodígios no fim dos tempos e enganaria a muitos, se possível, os próprios escolhidos.

Está escrito que ele "pisará os santos e jogará a verdade de Deus por terra e prosperará nisso". É o que está acontecendo. Mas nós, os que escolhem se fazer filhos de Deus, fomos chamados para trazer a verdade à luz, para corrigir o que foi entortado: "e sereis chamados restauradores de brechas e reparadores de veredas, para que o país se torne habitável".

Somos os arautos de Deus, que vão adiante dEle, preparando o caminho, para que, quando Ele vier, todos os homens sejam indesculpáveis perante Ele e a única coisa que reste seja a única que pode nos salvar, a justiça de Cristo. Todos que se revestirem da justiça de Cristo serão salvos.

"Aquele que diz que O ama e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso e nele não está a verdade". "Se Me amardes, guardareis os Meus mandamentos". "Minha mãe e Meus irmãos são aqueles que ouvem a vontade de Meu Pai e a obedecem". "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento em minha casa e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se não vos abrir as portas dos céus e não derramar sobre vós bençãos sem medida". Grande abraço.

(Fim da resposta que dei)

Espero ter ajudado aos que possuíam alguma dúvida e leram até o fim. Deus nos abençoe com a Sua Verdade.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

"Evidências confirmam existência de Adão e Eva", diz geneticista

Duas coisas que eu sempre falo e o mérito não é meu, é do Senhor: (1) Adão e Eva foram duas pessoas literais, não alegóricas; e (2) sim, todo cristão deve ser um aprendiz voraz do conhecimento universal, para que seja o mais completo possível e seja capaz de defender a fé com destreza. Podemos não ter dom para tudo, mas ter conhecimento para defender a fé não é uma questão de dom, é um dever de todos.

Link para a notícia na íntegra: https://goo.gl/w8BW2a

Abaixo, um pequeno trecho do que li. Fiquem com água na boca, ou leiam também:

"Porém, a doutora Purdom defende que aceitar a existência histórica de Adão e Eva é imprescindível para uma compreensão adequada do evangelho. 'Entender que Adão e Eva eram pessoas reais ajuda as pessoas a perceberem a necessidade de um salvador, por que foram eles que trouxeram o pecado', explica. "'Jesus é a solução para o problema do mal, que começou em Gênesis 3. Paulo fez essa conexão muito clara em Romanos 5 e 1 Coríntios 15', defende.

"Para a doutora, os cristãos devem estudar as informações científicas, para que possam defender a confiabilidade da Bíblia [grifo meu], começando por Gênesis. No documentário, ela estuda algumas descobertas recentes da genética, que colaboram para um entendimento maior do relato da criação na Bíblia."

Fonte: Gospel Prime

domingo, 20 de julho de 2014

Cofrinhos

Tem gente que, em nome da aceitação social, abdica de bons hábitos e costumes. Muda o comer, o beber, o vestir, o falar.

Uma vez me disseram que eu pareço um velho por andar com as calças "lá em cima". Refleti por um tempo e passei a observar o perfil de pessoas que deixam as calças "lá em baixo" e não se importam em mostrar seu "cofrinho": em geral, não absolutamente, não possuem uma fé prática em Deus, só teórica, bebem, fumam, curtem futebol, insensíveis com esposa e filhos, conhecimento intelectual superficial e limitado apenas ao campo profissional (pois esse é o que sustenta seu bolso, e esse último, sua ostentação), nível muito baixo de conhecimento filosófico, de raciocínio pragmático, de capacidade de abstração, dentre outras coisas, ou seja, egocêntricas e despreocupadas com o que transcende o óbvio.

Agora vou dizer: minhas calças "lá em cima" não estão em cima, e, sim, na altura correta, protegendo minha decência, meu pudor e demonstrando meu respeito por quem está ao redor. E outra: não tenho "cofrinho", tenho BUNDA, ÂNUS, e essas são coisas que devem ser guardadas.

Se me pareço com um velho por causa disso, é porque hoje só quem tem maturidade suficiente (não entenda-se idade) consegue discernir a linha limítrofe entre jovialidade e falta de educação e valores familiares.

Assim como o barro se encontra em qualquer lugar, andamos, pisamos e cuspimos sobre ele, ao passo que o diamante é raro e difícil de encontrar, assim são os homens de hoje: muitos só querem se parecer com a maioria, enquanto outros, querem justamente ser diferentes, não somente por quererem ser diferentes, mas por apreço ao que tem bom nome, ao que é reto, ao que tem valor, ao que produz amor e respeito entre os seres humanos.

Cofrinho? Em mim não, pois ainda tenho em meu cerne um valor dos antigos chamado "vergonha na cara".

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Uma Igreja, Duas Classes

Na minha igreja, a maioria se baseia no comportamento e diretrizes da maioria, enquanto a minoria se baseia na verdade incontaminada; a maioria se baseia nas impressões e sentimentos, a minoria, na razão e na fé no que está escrito; a maioria se baseia na "achologia", a minoria, no Manual da Igreja; a maioria se baseia no "assim diz o pastor", a minoria, no "assim diz o Senhor"; a maioria se baseia na aparência de piedade, colocando a harmonia das relações humanas acima dos princípios divinos, a minoria sabe que disciplinar é amar; a maioria afirma que as pregações devem ser cristocêntricas, para meramente se esquivarem de temas polêmicos, a minoria sabe que verdadeiramente cristocêntrica não é a mensagem que menciona várias vezes o nome de Cristo, mas, sim, aquela que ensina o que Jesus ensinou, seja polêmico ou não, mencione o nome dEle, ou não; a maioria acredita cegamente nos pastores, pois ouvem eles dizerem que essa é a Igreja profética que concluirá a obra, incucando nas pessoas que essa é infalível, apesar de criticarem a Igreja Católica pelo mesmo motivo, a minoria crê somente no que está de acordo com as Escrituras, independentemente de cargo ou condição social de quem ensina, e que não é a Igreja, entidade jurídica reconhecida pelo Estado, que é profética, mas, sim, o povo que a constitui, mesmo que isso fira o orgulho de alguns líderes; na minha igreja, a única semelhança entre as duas classes é que a maioria se orgulha de ser a maioria e a minoria, de ser a minoria. Contudo, é essa semelhança que faz toda a diferença, pois a maioria tem sua força no apoio que seus integrantes encontram uns nos outros, porém a esperança da minoria está firmada no Senhor. Amém.

sábado, 7 de setembro de 2013

O Verdadeiro Arrependimento

Às vezes, é bom não se conformar unicamente com a leitura da Bíblia traduzida em outro idioma que não o original, por exemplo, em português, pois acaba ocorrendo um fenômeno chamado lost in translation, que significa "perdido durante a tradução". Isso aconteceu com a palavra arrependimento e vamos descobrir o porquê.

O Dicionário Michaelis define a palavra "arrependimento" como (1) Ato de arrepender-se; pesar sincero de algum ato ou omissão. (2) Contrição. (3) Mudança de deliberação. (4) Desistência de coisa feita ou empreendida. Até aqui, o leitor sincero da Bíblia, mesmo sendo um dominador da norma culta da língua portuguesa, terá um entendimento equivocado sobre o que representa esta palavra tão importante para o cristão, no contexto bíblico, pois ali ela não limita-se a apenas um sentimento de pesar ou contrição, mas, sim, a uma mudança de comportamento. E isso pode fazer a diferença na hora de moldar a conduta do cristão, levando-o à salvação, ou a perdição eterna.

A palavra em hebraico para arrependimento é nacham ou nocham. No sentido original da palavra, "arrepender" tem o mesmo sentido da palavra "entristecer". Estar triste com alguma coisa não significa que uma mudança ocorreu, significa apenas que há tristeza por causa de algo que aconteceu [num primeiro momento]. 1

Do grego μεταμέλεια - Metanóia, que é na verdade a junção de duas palavras: Meta: Mudança, e Nóia: Mente, o que traduzido do grego quer dizer mudança de mentalidade. 2

O termo é pessoal e relacional. Implica em voltar ao que se estava fazendo antes, e renunciar ao mau comportamento pelo qual a vida e os relacionamentos estavam sendo prejudicados. Na Bíblia, arrependimento é um termo teológico que indica um abandono daquelas atitudes que afrontam Deus envolvendo-se no que ele odeia e proíbe. O termo no hebraico para arrependimento significa desviar-se, ou retornar. O termo correspondente no grego tem o sentido de mudança de mente de modo a mudar os caminhos também. Arrependimento significa mudar hábitos de pensamento, atitudes, ponto de vista, política, direção e comportamento na medida certa para deixar de lado o caminho errado e seguir o caminho certo. Arrependimento é, na verdade, uma revolução espiritual. 3

ARREPENDIMENTO: Decisão de mudança total de atitude e de vida, em que a pessoa, por ação divina, é levada a reconhecer o seu pecado e a sentir tristeza por ele, decidindo-se a abandoná-lo, baseando sua confiança em Deus, que perdoa (MT 3:2-8; 2CO 7:9-10; 2PE 3:9). O complemento do arrependimento é a FÉ. E os dois juntos constituem a CONVERSÃO. [grifo meu] 4

Existe uma cultura no cristianismo contemporâneo que é a de pensar que arrependimento é, e limita-se a ser, apenas um forte sentimento de tristeza por algo de errado que se tenha feito, dito ou pensado e de que isso é o suficiente para se obter o perdão do ofendido. Essa moda também é ensinada aos mais jovens nas igrejas e pregada nos púlpitos. Mas agora isso está desmistificado e o paradigma, destruído.

Portanto, devemos saber que Deus é o Ser que não nos julga pelos nossos sentimentos, mas, sim, pelas nossas atitudes. Assim, não adianta confessar em oração que se está pesaroso por causa do erro cometido, sem ter uma pré-disposição mental (metanoia) a mudar de comportamento. Nesse caso, Deus não perdoará, por incrível que pareça, porque o arrependimento, o verdadeiro e completo arrependimento, é um pré-requisito para tal.

Agora você deve estar se perguntando - Mas, segundo a Bíblia, Deus sonda os corações, então como pode Ele não levar em conta meus sentimentos? - Ele leva em conta os sentimentos, sim, mas esses não são o fator determinante do perdão. A equação é simples: se o pecador sofre (sentimento), Deus sofre (sentimento) também; se o pecador se arrepende (atitude), Deus perdoa (atitude).

É preciso ainda esclarecer que, quando é dito na Bíblia que Deus sonda os corações, naqueles tempos remotos em que a Bíblia foi escrita, o coração era considerado como o principal órgão do corpo humano e de que desse provinham todos os sentimentos, mas hoje sabe-se que o órgão responsável pelas sensações é o cérebro e, não somente isso, também, pela consciência e pela razão. Por isso, de hoje em diante, quando ler "coração" na Bíblia, entenda "mente". Uma mente transformada gera atitudes transformadas e esse é o verdadeiro arrependimento, o qual conduz ao perdão.

O texto a seguir não utiliza a palavra coração, mas é uma amostra de que o foco da transformação do cristão não está no coração, e, sim, na mente: E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento [grifo meu], para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Romanos 12:2.

Sentir-se triste em razão do pecado é saudável, porque este sentimento, se canalizado corretamente, conduz ao verdadeiro arrependimento. Todavia, aquela mera tristeza que deixamos passar, que ignoramos, e não damos o devido trato a ela, conforme o mundo ensina a se fazer, conduz a morte (separação de Deus), conforme 2Co 7:9-10.

Referências:
3 - Blog "Josemar Bessa";
4 - Dicionário bíblico do iGuga

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

"Pelos Seus Frutos Os Conhecereis"

Deus quer um POVO santo, não uma instituição religiosa humana. A Igreja profética é um POVO que guarda os princípios de Deus, não um CNPJ e seu corporativismo, como muitos líderes andam sustentando. Olhe para a imagem... no final das contas, não importa a igreja, cada um aja de acordo com a luz que recebeu, porque "pelos seus frutos os conhecereis".


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